Lutas no Secundário <br>e no Superior
Na Escola Secundária Sebastião da Gama, em Setúbal, depois da Reunião Geral de Alunos realizada na sexta-feira, 14, com mais de 300 presenças, os estudantes concentraram-se à porta da instituição em defesa da escola pública, gratuita, democrática e de qualidade a que têm direito.
Entre os diversos problemas, contestou-se a falta de funcionários nos serviços administrativos e nos pavilhões, bem como de material na papelaria da escola, turmas sobrelotadas, salas de aula em que os projectores não funcionam por falta de lâmpadas e casas de banho em más condições físicas e higiénicas.
Os alunos queixam-se ainda do aumento dos preços do bar dos alunos e da falta de qualidade e quantidade nas refeições servidas no refeitório escolar, da inexistência de ar condicionado nas salas de aula e de falta de cacifos.
Em nota de imprensa, a JCP saudou a luta dos estudantes pela resolução de vários problemas da sua escola. «A JCP e o PCP lutam diariamente pela qualidade no ensino, apelando à necessidade de mais financiamento na educação, possibilitando assim não só a contratação de mais funcionários, mas também o reparo e a manutenção do espaço escolar», referem os jovens comunistas.
No dia 6, os estudantes da Escola Secundária Manuel Cargaleiro, no Seixal, manifestaram-se à porta da instituição para reivindicar a remoção das placas de amianto ainda presentes e degradadas, que põem em risco a saúde da população escolar.
No protesto, saudado também pela JCP, exigiu-se ainda mais funcionários, visto que a falta dos mesmos faz-se sentir em toda a escola, quer na biblioteca que não abre, quer no bar de professores que se encontra fora de serviço, quer na segurança, visto que a partir de uma certa hora deixa de haver funcionários na portaria, quer no bar de alunos, onde existe apenas uma funcionária que divide as suas tarefas entre o bar e a reprografia.
«Uma escola melhor e com condições dignas para os estudantes é possível e a luta dos estudantes é e será decisiva na defesa da construção de uma escola pública, gratuita, democrática e de qualidade», asseguram os jovens comunistas.
Assalto
Os estudantes do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG-UL) lançaram, no dia 6, um abaixo-assinado para exigir a reposição do preço do prato social e o aumento da qualidade da refeição.
O aumento, de 0,15 cêntimos por refeição, é justificado com o aumento do salário mínimo nacional. «É mais um assalto aos estudantes e suas famílias, bem como a negação do direito a alimentação de qualidade a um preço que todos possam pagar. A par deste aumento, subiram também os preços de taxas de secretaria», denunciam os estudantes.